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Comercialização de Energia e Gerência de Riscos no Setor Elétrico Brasileiro

By : ana paiva |enero 27, 2016 |Comercio de Energía, Monografías, Todas las Publicaciones |Comentarios desactivados en Comercialização de Energia e Gerência de Riscos no Setor Elétrico Brasileiro

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO/ INSTITUTO DE ECONOMIA/ MONOGRAFIA

Cesar Lucio Corrêa de Sá Jr./ (MBA Eletrobrás – 1999)/ Orientador: Prof. Adilson de Oliveira/ Março de 2001

RESUMO

Em 1995, com a promulgação da nova Lei das Concessões, foi iniciada uma ampla restruturação no setor elétrico brasileiro. Ao longo desses anos os governos federal e estadual vêm privatizando, de diferentes formas e graus, empresas de energia elétrica.
Adicionalmente, o modelo comercial do setor elétrico está migrando para uma situação de mercado competitivo, com livre acesso à rede para grandes consumidores, com o surgimento de um novo e importante papel nessa estrutura que é o de comercializador de energia, com a quebra de áreas de concessão para empresas de geração.
O modelo de reajustes tarifários mudou de remuneração dos custos de serviço para um sistema de preços, controlados por uma Agência Reguladora, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, cujo objetivo é além de garantir o funcionamento de um mercado competitivo, proteger os consumidores que não optarem pelo livre acesso à rede (os consumidores cativos).
Esses fatores introduzem uma figura ou parâmetro até então desconhecido das empresa de energia elétrica: o risco. E como se não bastasse ser uma nova preocupação, ela aparece sob diversas formas: concorrentes desconhecidos e/ou inesperados, escolhas inadequadas de contratos, escolhas inadequadas de fontes de energia ou supridor, enfim um número significativo de novas considerações.
É claro que novas considerações necessitam novas ferramentas e metodologias. Ainda que sejam adaptadas de mercados mais desenvolvidos, seja de outros mercados de energia, seja de mercados financeiros. Deve-se ter em mente que energia elétrica não é uma commodity como outra qualquer. Possui especificidades que devem ser consideradas no desenvolvimento das ferramentas de gerência de riscos.
Essa monografia explora alguns fatores de risco presentes no mercado de energia elétrica.
Especialmente diante das modificações que estão sendo implementadas no Brasil. Descreve também alguns mecanismos de gerência de riscos que estão sendo utilizados em outros mercados de energia (como os contratos futuros e derivativos).
A título de aplicação prática, é apresentado um exemplo de utilização de um contrato derivativo para uma empresa compradora de energia elétrica. Essa aplicação demonstra, potencialmente, como uma análise cuidadosa de fatores de risco e a busca de um mecanismo de proteção, no caso um contrato derivativo, pode ser importante na gestão financeira de uma empresa.

A figura abaixo ilustra, de maneira caricaturada, como uma análise cuidadosa de fatores de risco
contribui para o sucesso de um projeto.
Dibert – Scott Adams: o que a gerência de riscos pode fazer por seus projetos
Imaginem qual poderia ser o desfecho dessa história caso o nosso “super herói” do cotidiano
corporativo não houvesse previsto o Risco 36…
Índice
INTRODUÇÃO 1
ESTRUTURAS PARA A INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA E O MOVIMENTO PARA A
COMPETIÇÃO 3
O MODELO MONOPOLISTA 3
AGÊNCIA CENTRAL DE COMERCIALIZAÇÃO 4
A COMPETIÇÃO NO ATACADO 5
A COMPETIÇÃO NO VAREJO 6
A EVOLUÇÃO DOS MECANISMOS FINANCEIROS NO MERCADO DE ENERGIA 8
POR QUE O MERCADO DE CONTRATOS SE DESENVOLVEU? 8
A SEPARAÇÃO DOS MUNDOS TÉCNICO E COMERCIAL 9
EM QUÊ O MERCADO DE ENERGIA DIFERE DO MERCADO FINANCEIRO? 10
POR QUE USAR MECANISMOS DE PROTEÇÃO? 12
CONTRATOS FUTUROS E A TERMO 13
SWAPS OU CONTRATOS POR DIFERENÇA 14
SWAP COM PARTICIPAÇÃO 15
OPÇÕES 16
COMENTÁRIOS SOBRE ESSES MECANISMOS 17
O NOVO AMBIENTE DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO 18
QUE TIPOS DE RISCOS EXISTEM NESSA ORGANIZAÇÃO 21
ALGUNS ASPECTOS DAS REGRAS COMERCIAIS DO MERCADO ATACADISTA DE
ENERGIA BRASILEIRO 24
A FORMAÇÃO DE PREÇO NO MAE 24
O MECANISMO DE REALOCAÇÃO DE ENERGIA – MRE 25
ALOCAÇÃO DO SUPERÁVIT COMERCIAL ENTRE SUBMERCADOS 28
EXEMPLO SIMPLIFICADO DA APLICAÇÃO DE UM CONTRATO DERIVATIVO PARA
UMA EMPRESA DE ENERGIA ELÉTRICA 30
DESCRIÇÃO DO ESTUDO DE CASO – LINHAS GERAIS DA APLICAÇÃO 31
ESTIMATIVA DE PREÇOS: DESCRIÇÃO DO MÉTODO SIMPLIFICADO 31
OBTENÇÃO DO PREÇO DE EXERCÍCIO 33
CÁLCULO DO PRÊMIO DA OPÇÃO 34
AVALIAÇÃO DO CONTRATO 35
A VISÃO DO PRÊMIO COMO UM SEGURO 36
CONCLUSÕES 38
BIBLIOGRAFIA 39
Comercialização de Energia e Gerência de Riscos no Setor Elétrico Brasileiro MBA Energia Elétrica 99

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